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Administrativo Terça-feira, 11 de Julho de 2017, 10:32 - A | A

11 de Julho de 2017, 10h:32 - A | A

Administrativo / “mais maduro”

“A recondução é um processo natural e está previsto na Constituição", diz Almeida

Ele, que havia atuado por dois anos na Justiça Eleitoral, conseguiu ser reconduzido pelo presidente da República, Michel Temer, no início deste mês

Lucielly Melo



Empossado nesta terça-feira (11) como juiz-membro do Tribunal Regional Eleitoral de Mato Grosso (TRE-MT), o advogado Ricardo Almeida vê sua recondução como um processo natural da justiça.

“Vejo que a recondução é um processo natural da justiça eleitoral. Tanto é natural que a previsão é na Constituição Federal que permite uma única recondução”.

Ele, que havia atuado por dois anos na Justiça Eleitoral, conseguiu ser reconduzido pelo presidente da República, Michel Temer, o que não ocorreu com a tentativa de recondução do ex-membro da Corte Eleitoral, desembargador Luiz Ferreira da Silva, que havia se candidatado para o cargo de presidente do TRE-MT, mas foi barrado pelo Tribunal de Justiça do Estado que decidiu em não reconduzí-lo.

"Penso que estou mais maduro, passei por um biênio e enfrentarei as próximas eleições gerais. Acho que o primeiro biênio trouxe maturidade, conhecimento da Justiça Eleitoral por dentro de modo que nos credencia a ter mais sabedoria para esse próximo biênio que se inicia"

A nova etapa, segundo o advogado, é vista com mais experiência, já que se sente mais maduro para atuar nas eleições do ano que vem. 

“Penso que estou mais maduro, passei por um biênio e enfrentarei as próximas eleições gerais. Acho que o primeiro biênio trouxe maturidade, conhecimento da Justiça Eleitoral por dentro de modo que nos credencia a ter mais sabedoria para esse próximo biênio que se inicia”, destacou.

Minirreforma

Questionado se haverá outra minirreforma eleitoral nas eleições do ano que vem, Ricardo Almeida destacou que ainda é recente pra saber se terá mudanças.

“É muito cedo pra falar que não vai haverá ainda uma nova reforma eleitoral. Infelizmente, a cada eleição nós somos surpreendidos com uma nova reforma eleitoral. Vamos ver se até o final desse ano o Congresso não vai aprovar uma nova reforma. Isso é um problema porque a gente mal se acostuma com o sistema eleitoral e já vem novas mudanças, então é muito recente ainda para falar, acredito que alguma modificação ainda vai ter até o final do ano, mas tomara que não tenhamos umas modificações que representem para sociedade um continuísmo, que se tiver que ter reformas que tenham reformas profundas eleitorais, reforma política. Hoje o país está vivendo uma dificuldade muito grande de representatividade e creio que não há clima para reforma política esse ano”, argumentou.

Homenagens

Representando a Corte Eleitoral, o juiz-membro Ulisses Rabaneda enalteceu a atuação de Ricardo Almeida.

“Suas decisões serviram e servem de norte para os julgamentos dos juízes em primeiro grau, deste e de outros tribunais. O tempo em que aqui esteve, Vossa Excelência trouxe sua experiência como advogado, sua sensibilidade, serenidade, o que refletiu na qualidade das suas decisões, sendo esse fato lembrado por todos que acompanharam e que acompanham sua trajetória. Aqui convenceu e ficou convencido, venceu e ficou vencido, teve a firmeza sem o abalo da ternura e quando precisou, retrocedeu com toda sua humildade. Querido por todos, Vossa Excelência retorna para este tribunal, privilégio de poucos, o que demonstra que o trabalho reto que desenvolveu continuará. Tenha certeza estávamos ansiosos pelo seu regresso, não que estivéssemos em detrimento dos demais colegas que figuravam na lista tríplice profissionais dignos de nosso respeito, mas a admiração conquistada reflete essas intenções. A justiça eleitoral ganha com seu retorno, doutor Ricardo, já que demonstrou ser arduo e defensor da máxima autenticidade da vontade soberana do povo”, disse.

Também prestigiando a cerimônia de posse, o presidente da Ordem dos Advogados do Brasil – Seccional Mato Grosso (OAB-MT), Leonardo Campos, criticou a reforma política brasileira e elogiou a atuação de Almeida bem como da condução da Justiça Eleitoral em combater a corrupção.

“Quando se tem representantes dos parlamentos, representantes políticos que ousam denegrir a imagem daquilo que a constituição traçou como forma de se fazer política nesse país é que entra no âmbito dessa corte eleitoral visando coibir os abusos que antecedem o mandato mas que se prolonga se permitido fosse ao longo do exercício mandato legítimo do povo. Portanto Ricardo tem sido exemplo de aplicação das leis, de ter a constituição como seu norte e acima de tudo, representar a vontade do eleitor. Por isso a advocacia se sente muito bem representada pelo seu retorno a essa Corte Eleitoral que mais uma vez ganha um juiz justo, firme e forte e que tem humildade de quando saber vencer e saber ser vencido”.