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Penal Terça-feira, 13 de Março de 2018, 16:46 - A | A

13 de Março de 2018, 16h:46 - A | A

Penal / fraudou diploma

MP pede fim de prisão especial a falsa médica supostamente envolvida na morte de prefeito

O pedido é para que a detenta seja recolhida nas mesmas dependências das demais recuperandas, sem qualquer distinção, já que não possui curso superior

Da Redação



O Ministério Público do Estado (MPE) requereu nesta terça-feira (13) que a acusada Yana Fois Alvarenga Coelho, denunciada por exercício ilegal da Medicina e por participação no homicídio do ex-prefeito de Colniza, perca o direito a prisão especial na Penitenciária Ana Maria do Couto May.

O pedido é para que a detenta seja recolhida nas mesmas dependências das demais recuperandas, sem qualquer distinção, já que não possui curso superior.

De acordo com a denúncia oferecida pelo Ministério Público, a acusada exercia a profissão de médica sem autorização legal. Foi apurado que, entre os anos de 2006 a 2007, a denunciada usou documento público falso para obter a transferência do curso de Medicina oferecido pelo InstitutoTocantinense Presidente Antônio Carlos Ltda para a Universidade de Iguaçu (UNIG), no Estado do Rio de Janeiro.

Durante as investigações, o MPE teve acesso a ofícios expedidos pelo Instituto Tocantinense em julho de 2007, informando à Universidade de Iguaçu (UNIG) que os documentos utilizados pela referida acadêmica para efetivar a transferência foram adulterados grosseiramente. Além de ter sido reprovada em quase todas as disciplinas do curso, consta na denúncia que ela havia desistido da graduação antes de se transferir para o Rio de Janeiro.

Ainda, segundo o MPE, em março de 2008, o reitor da Universidade de Iguaçu expediu portaria, confirmando a desconstituição de colação de grau de Yana Fois Coelho, com a consequente invalidação do Diploma de médica. O fato foi, inclusive, comunicado ao Conselho Regional de Medicina do Rio de Janeiro. 

Morte de prefeito

Além de Yana, foram presos por suspeita de envolvimento na morte do prefeito de Colniza, Esvandir Mendes, o seu marido, empresário Antônio Pereira Rodrigues Neto, Zenilton Xavier de Almeida e a Welison Brito.

Segundo as investigações, a médica e o empresário teriam prometido pagar R$ 5 mil para Zenilton e Welison para que matassem o prefeito.

Após o juiz Ricardo Nicolino acatar a denúncia impetrada pelo MPE, todos passaram a ser réus pelos crimes de homicídio qualificado – por motivo fútil, pela paga ou promessa de recompensa e recurso que impossibilitou a defesa da vítima –, corrupção de menores e entrega de veículo automotor a pessoa não habilitada, receptação de arma de fogo e por tentativa de homicídio qualificado contra o secretário do município. (Com informações da Assessoria do MPE)