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Cuiabá, 01 de Fevereiro de 2025

Justiça Estadual Sexta-feira, 12 de Abril de 2019, 08:19 - A | A

Sexta-feira, 12 de Abril de 2019, 08h:19 - A | A

OPERAÇÃO SANGRIA

Ministra nega habeas corpus e médico segue preso por fraudes na saúde pública

A decisão consta no andamento processual, mas os argumentos utilizados pela ministra para rejeitar o pedido ainda não foram disponibilizados na íntegra

Lucielly Melo

A ministra do Superior Tribunal de Justiça (STJ), Laurita Vaz, negou habeas corpus que pretendia soltar o médico e sócio da Próclin (Sociedade Mato-grossense de Assistência Médica Interna Ltda), Fábio Liberali Weissheimer, acusado de participar de um suposto esquema de fraudes e desvios na saúde pública.

A decisão consta no andamento processual, mas os argumentos utilizados pela ministra para rejeitar o pedido ainda não foram disponibilizados na íntegra.

Fábio voltou a ser preso no último dia 30, em decorrência de mais uma ação da Operação Sangria, que também levou à cadeia o ex-secretário de Saúde de Cuiabá, Huark Douglas Correia e o médico Luciano Correia Ribeiro.

Além deles, também foram novamente detidos Flávio Taques, Kedna Iracema Servo, Fábio Taques e Celita Liberali, mas estes já se encontram soltos, usam tornozeleira eletrônica e cumprem outras medidas cautelares.

Entenda mais o caso

A investigação da Operação Sangria apura fraudes em licitação, organização criminosa e corrupção ativa e passiva, referente a condutas criminosas praticadas por médicos/administrador de empresa, funcionários públicos e outros, tendo como objeto lesão ao erário público, vinculados a Secretaria de Estado de Saúde e a Secretaria Municipal de Saúde, através de contratos celebrados com as empresas usadas pela organização, em especial, a Proclin e a Qualycare.

Segundo a apuração, a organização mantinha influência dentro da administração pública, no sentido de desclassificar concorrentes, para que ao final apenas empresas pertencentes a eles (Proclin/Qualycare) pudessem atuar livremente no mercado.

No dia 18 de dezembro do ano passado, houve a segunda fase da Sangria, quando todos os acusados chegaram a ser presos, mas acabaram sendo soltos sob condição de cumprirem medidas cautelares.

No último mês de janeiro, a juíza Ana Cristina Mendes, da Sétima Vara Criminal de Cuiabá, recebeu denúncia e tornou os acusados réus.

Todos voltaram a ser presos no dia 30 de março após a decisão do desembargador Alberto Ferreira de Souza, do Tribunal de Justiça de Mato Grosso (TJMT), que revogou a liminar concedida anteriormente. Logo depois, cinco foram colocados novamente em liberdade.