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Administrativo Terça-feira, 13 de Setembro de 2022, 13:10 - A | A

13 de Setembro de 2022, 13h:10 - A | A

Administrativo / NA BACIA DO SÃO LOURENÇO

MPE apura se propriedades cumprem legislação ambiental

Medidas administrativas e judiciais estão sendo adotadas com intuito de garantir a regularidade ambiental dessa região integrante do bioma Cerrado

Da Redação



Oitenta e três propriedades rurais, cada uma com área superior a 900 hectares, são alvos de fiscalização pela Promotoria de Justiça de Bacia Hidrográfica do São Lourenço, na região de Rondonópolis. Com a utilização de ferramentas de geoprocessamento, o Ministério Público do Estado (MPE) averigua o nível de cumprimento da legislação ambiental dessas propriedades rurais.

Medidas administrativas e judiciais estão sendo adotadas com intuito de garantir a regularidade ambiental dessa região integrante do bioma Cerrado.

O trabalho vai ao encontro das metas estabelecidas no Planejamento Estratégico Institucional. O MPE, por meio do Colégio de Procuradores de Justiça, instituiu no estado 13 Promotorias de Justiça de Bacia Hidrográfica (PJBH).

“A consciência de atuação territorial em nível de bacia já retornou à sociedade a proteção de importantes rios e é uma concepção originalmente fundada na Política Nacional de Recursos Hídricos. A concepção da PJBH é de que o membro do MP tenha competência territorial para agir em defesa dos principais rios e da própria bacia hidrográfica, sobretudo em casos de impactos sinérgicos, cumulativos e de larga escala”, explicou o titular da Procuradoria Especializada em Defesa Ambiental e da Ordem Urbanística, Luiz Alberto Esteves Scaloppe.

Segundo ele, as PJBHs têm grande potencial de aumentar a eficiência de atuação do Ministério Público na garantia do direito coletivo ao meio ambiente, já que os danos ambientais não reconhecem fronteiras geopolíticas definidas pelas comarcas.

“A defesa ambiental voltada para a bacia hidrográfica está em consonância com a Política Nacional de Recursos Hídricos e torna o MP mais resolutivo na defesa integrada dos vários elementos naturais e humanos que compõem determinada bacia e que nem sempre são defendidos em causas pontuais”, acrescentou.

Investimentos

Para a implementação das Promotorias de Justiça de Bacias Hidrográficas, foram investidos nos últimos quatro anos mais de R$ 5 milhões, recursos oriundos do Programa Global REDD Early Movers (REDD para Pioneiros – REM). O montante, viabilizado pela Procuradoria de Justiça Especializada em Defesa Ambiental e da Ordem Urbanística, é usado para estruturação e realização de diagnósticos socioambientais para as bacias hidrográficas.

Scaloppe explicou que os valores são geridos pelo Fundo Brasileiro para a Biodiversidade (Funbio). O programa é amplo e abrange quatro subprogramas: fortalecimento das instituições que atuam no controle do desmatamento, direito indígena, agricultura familiar e desenvolvimento sustentável.

Financiado pelo banco de desenvolvimento alemão KfW (Kreditanstalt für Wiederaufbau), o Programa Global REDD Early Movers (REDD para Pioneiros – REM) busca valorizar iniciativas que contribuam para a redução do desmatamento e da degradação ambiental e a promoção do desenvolvimento sustentável, com ações que beneficiam principalmente as populações tradicionais, povos indígenas e agricultores familiares. (Com informações da Assessoria do MPE)