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Cível Segunda-feira, 03 de Julho de 2023, 08:32 - A | A

03 de Julho de 2023, 08h:32 - A | A

Cível / EM AGOSTO

Após ministro devolver autos, STF retomará julgamento sobre recondução na AL

O caso estava no gabinete do ministro Gilmar Mendes, que pediu, pela terceira vez, vista do processo

Lucielly Melo



A Corte do Supremo Tribunal Federal (STF) vai retomar, no próximo mês, o julgamento do processo que definirá sobre a reeleição de membros da Mesa Diretora da Assembleia Legislativa de Mato Grosso.

O julgamento ocorrerá por sessão virtual, entre os dias 11 e 21 de agosto.

A sessão foi agendada após o ministro Gilmar Mendes fazer a devolução dos autos no último dia 27. O último julgamento acabou sendo suspenso em março passado por conta do 3° pedido de vista dele.

O assunto foi parar no STF por meio de uma Ação Direta de Inconstitucionalidade (ADI), de autoria da Rede Sustentabilidade, que questionou a reiterada recondução do deputado estadual Eduardo Botelho na Presidência da Casa de Leis. Na época em que o processo foi ajuizado, em 2021, Botelho, que estava para assumir o terceiro mandato e, por decisão liminar, chegou a ser afastado dessa função, mas logo depois conseguiu retornar ao cargo. No início deste ano, ele venceu outra eleição e iniciou um quarto mandato à frente da AL mato-grossense.

O mérito da ADI começou a ser julgado em junho de 2021, quando o relator, ministro Alexandre de Moraes, proferiu o voto para declarar inconstitucional trecho da Constituição Estadual, que permite a recondução excessiva na Casa de Leis. Ele defendeu que seja reconhecida apenas uma única recondução a partir de 8 de janeiro de 2021, quando foi publicado o julgado do Supremo que analisou questão semelhante. Após ouvir o colega, Gilmar Mendes pediu vista.

Já em setembro do mesmo ano, o julgamento virtual foi retomado com o voto do ministro Ricardo Lewandowski, que também opinou pela procedência da ação, mas para que seus efeitos fossem aplicados após a publicação desse acórdão. Gilmar pediu nova vista dos autos.

Em março de 2022, o magistrado chegou a votar no caso, seguindo a mesma linha de raciocínio de Lewandowski. A sessão foi adiada, mas dessa vez pelo ministro Dias Toffoli.

O assunto retornou à mesa de julgamento virtual em dezembro passado, com o voto de Toffoli pela procedência da ação. Mas o processo foi destacado pelo relator e o caso voltou a ser julgado em março deste ano, quando a ministra Cármen Lúcia votou para acompanhar o relator. Gilmar Mendes requereu a terceira vista do processo.