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Cível Sexta-feira, 14 de Maio de 2021, 11:13 - A | A

14 de Maio de 2021, 11h:13 - A | A

Cível / POSSUI MÁ-FORMAÇÃO

Defensoria pede na Justiça vaga de UTI para bebê prematuro

O órgão protocolou uma ação de obrigação de fazer na Vara Regional de Araputanga, na qual pede que a gestante seja transferida para um hospital privado, em Mato Grosso ou em outro estado, para que a vida dela e do seu filho sejam preservadas

Da Redação



A Defensoria Pública tenta, na Justiça, agilizar, com urgência, uma vaga em UTI Neonatal para transferir o bebê, cuja mãe entrou em trabalho de parto aos sete meses e meio.

Além do parto prematuro, o que torna o caso gravíssimo é que a criança, assim que nascer, deve passar por uma cirurgia que os médicos avaliam, deve ocorrer até o 12h desta sexta-feira (14).

A paciente está internada desde quarta-feira (12) no Centro de Obstetrícia do Hospital São Luiz, em Cáceres (a 219 km de Cuiabá), com perda de líquido amniótico. A defensora pública plantonista, Carolina Weitikiewic, entrou com uma ação de obrigação de fazer contra o Estado de Mato Grosso e o Município de Araputanga, onde a paciente mora, após tentar a vaga administrativamente, sem sucesso.

Carolina explicou que em Cáceres a paciente conta com vaga na UTI Neonatal, mas não há Centro Cirúrgico Pediátrico, o que coloca em risco a vida do bebê, que foi diagnosticado com má formação denominada “onfalocele”, que se caracteriza pela presença de órgãos, como intestino, fígado ou baço, fora da cavidade abdominal, recobertos apenas por uma fina membrana.

“Estávamos correndo contra o tempo desde a noite de ontem para encontrar um local para o nascimento e a cirurgia, pois a médica que acompanha o caso afirma que, se a cirurgia for feita em Cáceres e depois o bebê tiver que ser transferido, as chances de sobrevida dele serão muito baixas. Ela entrou em trabalho de parto 24h após tomar a vacina coronavac”.

A defensora lembrou que todas as respostas da Saúde Pública para o pedido de transferência, até o momento, foram negativas, com a informação de que não existe leito no Sistema Único de Saúde (SUS) para atender ao caso.

Diante das negativas da Central de Regulação, Carolina protocolou a ação na Vara Regional de Araputanga, na qual pede que a gestante seja transferida para um hospital privado, em Mato Grosso ou em outro estado, para que a vida dela e do seu filho sejam preservadas.

“Precisávamos de uma decisão judicial ou administrativa que viabilizasse a vaga, urgentemente, para resguardar a vida do bebê e da mãe. Porém, enquanto tentávamos, ela teve que ser levada para a sala do parto e a criança vai nascer aqui. Agora vamos continuar com a ação para transferi-lo para uma UTI Neonatal, com um Centro Cirúrgico, e rezar para ele resistir”. (Com informações da Assessoria da Defensoria Pública)