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Trabalhista Quinta-feira, 25 de Agosto de 2022, 07:31 - A | A

25 de Agosto de 2022, 07h:31 - A | A

Trabalhista / APÓS QUASE 30 ANOS

Justiça encontra família de trabalhadora falecida e entrega dinheiro esquecido

A audiência com todos os herdeiros foi realizada na última terça-feira (16) e contou com a presença do viúvo, quatro filhos da trabalhadora e um neto, já que um dos (filhos) irmãos também já faleceu

Da Redação



A família de uma trabalhadora já falecida recebeu em torno de R$ 10 mil que foram depositados em conta judicial há quase 30 anos por uma empresa onde ela laborava.

A audiência com todos os herdeiros foi realizada na última terça-feira (16) e contou com a presença do viúvo, quatro filhos da trabalhadora e um neto, já que um dos (filhos) irmãos também já faleceu.

Era uma noite de quarta-feira do final da década de 90 quando Leolnilia Vieira Pinto, que este ano completaria 78 anos, morreu subitamente enquanto pregava na igreja que frequentava em Cáceres. Nessa época, ela movia uma ação na Justiça do Trabalho pedindo o pagamento de direitos devidos por uma escola da cidade, onde havia trabalhado por alguns anos.

O processo foi ajuizado em 1995, época em que os sistemas eletrônicos e as facilidades de buscas na internet ainda não estavam disponíveis. A sentença favorável saiu pouco tempo após a morte da trabalhadora e a empresa depositou o valor da condenação, que hoje equivale a mais de R$ 10 mil. A angústia da família com o falecimento da mãe e as dificuldades da época fizeram com que o dinheiro fosse esquecido.

Em todos esses quase 30 anos, ninguém procurou o judiciário para receber os valores. Foi neste agosto de 2022 que a equipe da 5ª Vara do Trabalho de Cuiabá realizou um pente fino nos processos arquivados e encontrou esse dinheiro esquecido. Resolveram fazer uma última tentativa, como explicou a juíza Eleonora Lacerda.

“Não tinha celular ou redes sociais para encontrar as pessoas na época e todas as tentativas de encontrar algum herdeiro foram frustradas. Agora foi feita uma revisão geral na vara e com os nossos servidores não tem tempo ruim: eles procuraram no Google, Instagram, Facebook”.

O diretor da 5ª Vara de Cuiabá, Eugênio Borba, conta que a equipe iniciou uma saga em busca dos herdeiros. Com ajuda de um sistema de pesquisa em cartório, descobriram o nome dos filhos. Com essa informação, começou a procura das pessoas nas redes sociais. Em uma dessas pesquisas encontraram no Facebook a farmacêutica Leila Vieira que, provavelmente, seria uma das pessoas que estavam procurando.

“No Facebook dela encontramos a publicação de uma farmácia. Procuramos o telefone no Google e, para minha surpresa, Leila era farmacêutica do empreendimento e filha da mulher que havia ajuizado a ação. Por ela, encontramos os outros herdeiros e conseguimos marcar a audiência”, detalhou o diretor. (Com informações da Assessoria do TRT-MT)