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Administrativo Sexta-feira, 08 de Março de 2019, 14:12 - A | A

08 de Março de 2019, 14h:12 - A | A

Administrativo / VIOLÊNCIA DOMÉSTICA

Maioria das vítimas aciona agressores e pede medidas protetivas, diz Defensoria

Além disso, as mulheres vítimas também propõem ações com pedido de pensão alimentícia para os filhos e de separação, nos casos em que há união estável

Da Redação



Vítimas de violência doméstica, 2.024 cuiabanas recorreram à Defensoria Pública, somente em 2018, e, a maioria, fez representações contra os ex-maridos por ameaça de morte.

O registro é do Núcleo de Defesa da Mulher de Cuiabá, o Nudem. Conforme a coordenadora da unidade, Rosana Leite, uma das demandas registrada é o pedido de medida protetiva para manter o agressor distante da vítima.

Além disso, as mulheres também propõem o ingresso de ações com pedido de pensão alimentícia para os filhos e de separação, nos casos em que há união estável.

“Recebo muita mulher que quer conversar e tirar dúvidas, elas chegam me perguntando se o caso delas caracteriza violência. E eu sempre devolvo a pergunta dizendo: você é humilhada, agredida verbalmente e constrangida dentro de sua própria casa? Se sim, você é sim vítima de violência doméstica e familiar”, disse Rosana.

A defensora pública lembrou das leis existentes e as cinco formas de violência descritas: a física, a psicológica, a sexual, a patrimonial e a moral.

“Não é raro que eu termine de falar e alguém venha conversar no final, dizendo que é vítima do companheiro ou que conhece alguém que sofre esses tipos de violência”.

Alerta

“O que precisamos deixar claro é que não existe um perfil de mulher para atrair um agressor. Mas, que existem sinais, em muitos casos, de um homem que é um agressor em potencial”, afirmou Rosana.

“Ciúmes excessivo, vontade de controlar da roupa que a mulher usa às pessoas com as quais ela deve ter contato, são indicativos de que a pessoa gosta de controle. Se junto disso, ela apresenta sinais de violência, deixe a história, antes que seja vítima”, frisou.

A defensora reforçou que das mulheres atendidas no Nudem por semana, de seis a oito casos são graves.

E que depois dos que são em maior número – violência doméstica e familiar – também aparecem os casos registrados em ambientes de trabalho, em universidades e em ambientes externos ao lar.

“O nosso maior desafio é levar a mulher a perceber que é vítima de violência em casa e a romper esse ciclo. Fazer com que ela se perceba como vítima é o primeiro passo para evitar o registro de um feminicídio”. (Com informações da Assessoria da Defensoria Pública)