Lucielly Melo
O Pleno do Tribunal de Contas do Estado (TCE-MT), por unanimidade, determinou o bloqueio de R$ 16,6 milhões em bens dos deputados estaduais Mauro Savi e Romoaldo Júnior, em decorrência do superfaturamento na obra do estacionamento da Assembleia Legislativa.
A decisão ainda atingiu os servidores que fiscalizaram a obra, Valdenir Rodrigues Benedito, Mauro Kazuo Iwassake e Adilson Moreira da Silva, bem como os sócios da empresa Tirante Construtora, Alan Marcel de Barros e Alyson Jean Barros, responsáveis pela construção.
A análise do caso iniciou em junho deste ano, quando a relatora do processo, conselheira Jaqueline Jacobsen, apontou que a obra ficou orçada em R$ 29.677.467,50 milhões. Ela ainda apresentou uma lista de falhas, como a ausência de boletins de medição; serviços medidos e pagos, mas não executados; projetos executivos contratados, pagos mas não entregues e ainda serviços quitados em duplicidade.
Mas, na ocasião, a continuidade do julgamento foi interrompida após o conselheiro Moisés Maciel pedir vista.
Julgamento retomado
Nesta terça-feira (7), o julgamento foi retomado, quando Maciel reforçou entendimento da relatora para condenar os acusados. Ele ainda opinou em seu voto pela suspensão de pagamentos à Tirante até que seja provado a devolução do dano ao erário.
Os conselheiros Gonçalo Domingos Campos Neto, Luiz Henrique Lima, Isaías Lopes da Cunha, Luiz Carlos Pereira, João Camargo e Jaqueline Jacobsen seguiram o voto de Maciel.
A investigação do caso iniciou após um pedido feito pelo deputado estadual Guilherme Malouf, que assumiu como presidente da AL em fevereiro de 2015.