Da Redação
Servidores públicos do Poder Judiciário estão preocupados com o possível fechamento de Comarcas, redução da jornada de trabalho, atraso salarial, por conta do anúncio do Governo do Estado em cortar 20% do duodécimo.
Eles se reuniram com a Diretoria do Tribunal de Justiça e manifestaram apoio ao presidente do órgão, desembargador Rui Ramos, em recusar a proposta de pagamento do duodécimo feita pelo governador Pedro Taques.
Os representantes dos servidores coadunam com o desembargador Rui Ramos, que os valores propostos pelo governador, são inferiores aos necessários para a manutenção dos serviços jurisdicionais, realizados nas 79 Comarcas do Estado.
Para eles, Taques não pode tratar o Poder Judiciário, da mesma forma que trata os outros órgãos, sem levar em consideração o número de comarcas, infraestrutura e manutenção para o bom funcionamento da justiça mato-grossense.
Os servidores ainda decidiram aguardar os próximos dias, na expectativa que o governador reavalie seu posicionamento quanto ao valor do repasse do duodécimo ao Judiciário.
Caso não haja acordo e o governador leve adiante sua proposta de redução de 20%, os servidores irão desencadear uma operação "lentidão" em todas as 79 Comarcas do Estado. Eles irão trabalhar em regime de plantão e apenas os processos e mandados de extrema urgência terão andamento; os demais ficarão parados até que Taques efetue os repasses em dia para voltarem a normalidade dos trabalhos.
Por fim, decidiram que irão desencadear uma campanha, para mostrar à sociedade o 'compromisso' do governador Pedro Taques com à Justiça no Estado.
Participaram da reunião os representantes dos Oficiais de Justiça Avaliadores de Mato Grosso (Sindojus), da Associação dos Servidores do Poder Judiciário (Aspojud), Sindicato dos Analistas Judiciários (Sinaj) e a Associação dos Técnicos Judiciários (Astejud). (Com informações da Assessoria)