Da Redação
A recuperação judicial das empresas Scalez Comércio de Derivados de Petróleo Ltda e RK Comércio de Derivados de Petróleo Ltda, com sede em Rondonópolis, foi aprovada pela assembleia geral de credores, na última semana.
O motivo maior do pedido de recuperação, feito em 2017, é em decorrência ao seu alto passivo, especialmente com instituições financeiras.
A recuperação foi aprovada com um deságio de 70%, prazo de carência de dois anos e pagamento das dívidas em 120 parcelas.
As dificuldades financeiras da empresa começaram em 2014, justamente quando houve a crise econômica brasileira. Em 2015, houve uma “guerra” de preço em Rondonópolis, com as margens de lucro ficando cada vez menores ou mínimas, situação que ainda perdura até hoje.
Pedido de recuperação
De acordo com o advogado das empresas, Antônio Frange Junior, antes de entrar com pedido de recuperação, foram feitas adequações, como reduzir despesas, cortar grande parte da venda a prazo, fechar o setor de lava jato e passar a aceitar somente pagamentos à vista e cartões de débito.
Sem conseguir cumprir seus compromissos junto as instituições financeiras, restou aos empresários buscar o recurso previsto na Lei Lei 11.101/2005, que prevê a recuperação judicial.
“A RJ é uma ótima ferramenta que o Direito disponibiliza aos empresários para que possam, como o termo diz, recuperar os negócios, pagar as dívidas e se reerguer. As atividades empresariais continuam, assim como as relações de trabalho”, destacou Frange.
O jurista apontou ainda que existe um fator crucial para o sucesso de uma recuperação judicial, que é o momento certo.
“Reconhecer o momento em que já não é mais possível cumprir com os compromissos financeiros da empresa e que é chegada a horas de pedir uma pausa para respirar e se reorganizar. O empresário, no entanto, tem uma dificuldade muito grande de enxergar um momento de crise. Por desconhecimento, medo ou vaidade pode deixar seu negócio entrar em um processo de estresse financeiro sem retorno”, disse.
Com a aprovação da RH, a Scalez Comércio de Derivados de Petróleo Ltda e RK Comércio de Derivados de Petróleo Ltda podem continuar suas atividades.
“As empresas vão cumprir o plano aprovado mantendo os empregos gerados e continuarão atendendo o consumidor da região com venda de combustíveis”, destacou Antônio Frange. (Com informações da Assessoria)
