Da Redação
O Ministério Público do Estado (MPE) notificou o município de Colniza para que proceda a anulação do contrato administrativo relacionado à prestação de serviços clínicos envolvendo a médica Yana Fois Coelho Alvarenga, presa por suposta participação na morte do prefeito da cidade, Esvandir Antonio Mendes, morto a tiros no último dia 15.
De acordo com a notificação, antes de ser assassinado, o prefeito informou ao MP, de maneira informal, que não assinaria eventual contrato envolvendo a médica, uma vez que convocaria servidores concursados.
Além disso, já existe liminar, nos autos da ação civil pública, proposta pelo Ministério Público, que proíbe a contratação temporária em detrimento da regra constitucional da realização de concurso público.
Segundo informações no edital do resultado final do concurso público da Prefeitura Municipal de Colniza, a médica foi desclassificada do certame, por não ter obtido a nota de corte para os cargos de médico clínico geral.
Yana é mulher do empresário Antônio Pereira Rodrigues, apontado como mandante do homicídio. Ela está presa desde o dia 26 de dezembro na Penitenciária Ana Maria do Couto May, em Cuiabá.
O prefeito foi assassinado quando voltava da zona rural do município. Ele foi perseguido pelos suspeitos que estavam em um SUV de cor preta.
Outros envolvidos
Além da médica e do empresários, estão presos também Zenilton Xavier de Almeida e Welison Brito apontados como executores do crime.
Após o juiz Ricardo Nicolino de Castro acatar a denúncia contra os suspeitos, eles passaram a ser réus por homicídio qualificado – por motivo fútil, pela paga ou promessa de recompensa e recurso que impossibilitou a defesa da vítima –, corrupção de menores e entrega de veículo automotor a pessoa não habilitada e receptação de arma de fogo.
Eles ainda respondem por tentativa de homicídio qualificado contra o secretário do município, Admilson Ferreira dos Santos, que estava junto ao prefeito no momento do crime. (Com informações da Assessoria do MPE)