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Penal Segunda-feira, 03 de Julho de 2017, 14:10 - A | A

03 de Julho de 2017, 14h:10 - A | A

Penal / Autos da sodoma

Ministro Luiz Fux homologa acordo de colaboração premiada de Pedro Nadaf

O ex-secretário é um dos réus nos autos da Operação Sodoma

Da Redação



A juíza Selma Rosane Arruda, da 7ª Vara Criminal Criminal de Cuiabá, anunciou nesta segunda-feira (03) que o acordo de colaboração premiada do ex-secretário Pedro Nadaf foi homologado pelo Supremo Tribunal Federal (STF). O termo foi chancelado pelo ministro Luiz Fux.

A notícia foi dada em audiência de instrução, nos autos da Operação Sodoma.

A juíza irá dar vista dos autos aos advogados e o acordo deve seguir em sigilo por decisão do STF.

Pedro Nadaf será ouvido amanhã (04) em audiência as 13h30, no Fórum da Capital.

Entenda o caso

Pedro Nadaf foi preso em 17 de setembro de 2015 durante a Operação Sodoma.

Ele conseguiu ser solto quase um ano depois, em 05 de setembro do ano passado, após confessar seus crimes.

Desde que foi solto, Nadaf é monitorado por meio de tornozeleira eletrônica.

Quando confessou os crimes, ele disse que fez parte de um esquema fraudulento e que recebeu R$ 1,5 milhão de propina. Na época, Nadaf disse que estava arrependido dos atos que cometeu.

Confissão

O ex-governador do Estado, Silval Barbosa, que também é réu nesta ação penal, confessou em junho deste ano, que Nadaf exerceu um papel importante na organização criminosa e que atuava na abordagem de empresários para levantamento de recursos ímprobos.

Sodoma

Nadaf é réu nos autos da Operação Sodoma, que possui várias fases, e que investiga crimes feitos por uma organização criminosa, composta por agentes políticos que teriam se beneficiados de desvios dos cofres públicos.

A fase I da Operação desvendou um suposto esquema de cobrança de propina para concessão de incentivos fiscais por meio do Programa de Desenvolvimento Industrial e Comercial de Mato Grosso (Prodeic).

A Sodoma II foi deflagrada após a polícia descobrir que cheques de empresas que mantinham contratos com o Governo do Estado foram utilizados para o pagamento de parte de um terreno de 10,861 metros quadrados vendido pelo valor de R$ 13,5 milhões a empresa Matrix Sat Rastreamento, localizado na Avenida Beira Rio, no bairro Grande Terceiro, em Cuiabá.

Na terceira fase da operação foi evidenciado, após diligências, que o pagamento da desapropriação do imóvel localizado nas imediações do Bairro Osmar Cabral, em Cuiabá, no valor de R$ 31,7 milhões à empresa Santorini Empreendimentos Imobiliários Ltda., proprietária do imóvel, se deu pelo propósito específico de desvio de dinheiro público, em benefício da organização criminosa supostamente liderada pelo ex-governador.

Já a quarta fase da Sodoma desvendou um suposto esquema de fraudes à licitação, corrupção, peculato e organização criminosa em contratos celebrados entre as empresa Marmeleiro Auto Posto LTDA e Saga Comércio Serviço Tecnológico e Informática LTDA, nos anos de 2011 a 2014, com o Governo do Estado de Mato Grosso.