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Penal Quinta-feira, 22 de Fevereiro de 2018, 15:50 - A | A

22 de Fevereiro de 2018, 15h:50 - A | A

Penal / SETE FATOS APURADOS

PF quer que Fux desmembre inquérito da Malebolge para "otimizar" investigações

No documento, ele ainda encaminhou ao ministro breve relatório de cada caso apurado, dizendo que houve tempo suficiente para analisar os documentos

Lucielly Melo



O delegado da Polícia Federal, Wilson Rodrigues de Souza Filho, pediu o desmembramento dos setes fatos apurados no inquérito 4596 que tramita no Supremo Tribunal Federal (STF), instaurado a partir da delação premiada da família Barbosa e do ex-chefe de gabinete, Sílvio César Correa.

De acordo com o delegado, o desmembramento deve agilizar as investigações.

"Assim, considerando-se a grande quantidade de material apreendido, há ainda muitos documentos e mídias para serem analisados e, nesse contexto, o desmembramento deste feito com vistas a apuração de cada caso em um inquérito específico iria, salvo melhor juízo, otimizar as investigações, bem como facilitar o manuseio dos autos", diz trecho do requerimento encaminhado ao ministro Luiz Fux, relator do inquérito na Suprema Corte.

No documento, ele ainda encaminhou ao ministro breve relatório de cada caso apurado, dizendo que não houve tempo suficiente para analisar todos os documentos.

Fatos investigados

O primeiro caso apurado no inquérito, trata-se do suposto embaraço a investigação da Operação Ararath, envolvendo Blairo Maggi, o senador Cidinho Santos, o ex-governador Silval Barbosa, Sílvio César, o secretário Carlos Avalone, o ex-secretário Eder de Moraes e os empresários Celson Duarte Bezerra e Gustavo Capilé.

Já o segundo, é sobre a acusação de lavagem de dinheiro por parte de Silval Barbosa, conselheiro afastado do Tribunal de Contas do Estado (TCE-MT), Antonio Joaquim, e o empresário Wanderley Fachetti em um contrato de compra e venda de um terreno.

É investigado também o suposto pagamento de propina de R$ 53 milhões aos conselheiros Sergio Ricardo, José Carlos Novelli, Antonio Joaquim, Walter Albano e Valdir Teis. De acordo com Silval, eles receberam o valor ilícito para aprovarem as obras da Copa do Mundo de 2014, que estavam paralisadas.

O quarto objeto é em relação ao possível esquema ilícito realizado por Silval, pelo deputado Ondair Bortolini (o Nininho), a empresa Morro da Mesa Concessionária SIA, Jurandir da Silva Vieira e Eloi Bruneta, que gerou R$ 7 milhões em propina.

Está sendo apurado também os “mensalinhos” recebidos pelos deputados José Domingos Fraga Filho, Hermínio Barreto, Gilmar Fabris, José Joaquim de Souza Filho, Hermínio Barreto, Romoaldo Júnior e Oscar Bezerra, além dos ex-parlamentares Luiz Marinho de Souza Botelho, Carlos Antonio Azambuja, dos prefeitos Emanuel Pinheiro e Luciane Bezerra e o procurador do Estado, Alexandre César.

O inquérito ainda aponta Blairo Maggi, Sérgio Ricardo e Alencar Soares Filho como autores da suposta compra de vaga no TCE, no valor de R$ 4 milhões arrecadados por meio de propina.

Por último, são investigados Blairo Maggi, Valdir Agostinho Piran, Silval Barbosa, Genir Martelli, Pedro Nadaf, Wanderley Fachetti, José Bezerra de Menezes, Marcel de Cursi, José Geraldo Ninino, Carlos Avalone e Marcelo Avalone. O caso apura créditos dados pelo Governo a várias construtoras no valor de R$ 130 milhões, contudo, o Estado não dispunha desse valor para quitar a dívida.