Lucielly Melo
O ex-secretário de Administração, César Roberto Zílio, deu mais detalhes do esquema de corrupção instalado no Governo passado e conseguiu um novo benefício: a retirada da tornozeleira eletrônica.
A decisão foi aprovada pela juíza Selma Rosane Arruda, da Sétima Vara Criminal.
Ela analisou as justificativas dadas pelo Ministério Público e entendeu que o aditamento no acordo premiado não trará prejuízos à instrução processual e decidiu homologa-lo.
“Uma vez que o aditamento do acordo de colaboração premiada prevê a retirada do monitoramento eletrônico, determino que assim se proceda, devendo o réu César Roberto Zílio comparecer à Central de Monitoramento neste Fórum para as providências necessárias e posterior comunicação a este Juízo”, destacou a magistrada.
Contudo, o delator deve cumprir as demais medidas cautelares já impostas. São elas: comparecimento mensal em juízo para informar atividade; não se ausentar de Cuiabá por mais de três dias sem autorização; não manter contato com outros réus ou testemunhas do processo; proibição de frequentar órgãos públicos estaduais sem permissão do Juízo; e o recolhimento noturno, das 20h às 6h.
Delação premiada
O ex-secretário chegou a ser preso durante a Operação Sodoma, mas preferiu fechar acordo de colaboração, com o uso de tornozeleira eletrônica.
Na sua delação, ele confessou os crimes e disse que como membro do primeiro escalão, era responsável por identificar fonte de receita de vantagem indevida, em prol da suposta organização criminosa.
Após a identificação, ele exigia e recebia os valores espúrios, retirava sua parte e entrega o restante para o então governador Silval Barbosa.
No acordo, ele aceitou restituir o montante de R$ 1,35 milhão aos cofres públicos, além de devolver um imóvel avaliado em R$ 13 milhões localizado na Avenida Beira Rio, em Cuiabá.