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Penal Quinta-feira, 12 de Julho de 2018, 14:40 - A | A

12 de Julho de 2018, 14h:40 - A | A

Penal / CONTINUAM PRESOS

Zuquim se ausenta e recursos que poderiam soltar empresários não são julgados

Os empresários José Kobori e Roque Anildo Reinheimer foram detidos em maio deste ano por terem supostamente participado de um esquema que desviou R$ 30 milhões do Detran-MT

Lucielly Melo



O Pleno do Tribunal de Justiça de Mato Grosso (TJMT) adiou, nesta quinta-feira (12), o julgamento de dois agravos regimentais que poderiam libertar os empresários José Kobori e Roque Anildo Reinheimer, presos por suposta participação em um esquema que desviou R$ 30 milhões do Departamento Estadual de Trânsito (Detran-MT).

O julgamento foi adiado em razão da ausência justificada do relator do caso, desembargador José Zuquim Nogueira.

Com isso, os alvos da Operação Bônus continuam detidos, já que o julgamento dos recursos deve ser colocado novamente em pauta para a próxima sessão do Pleno, que deve ser realizada no próximo dia 26.

Operação Bônus

Os empresários estão detidos há pouco mais de dois meses. Eles foram alvos da Operação Bônus (segunda fase da Bereré), deflagrada em maio deste ano. Além de Kobori e Reinheimer, também foram presos: o deputado estadual, Mauro Savi, o ex-secretário da Casa Civil, Paulo Taques, e seu irmão Pedro Jorge Taques, e Claudemir Pereira dos Santos.

A operação apura suposto esquema de corrupção que teria desviado do Detran-MT cerca de R$ 30 milhões em propinas. Segundo as investigações, os desvios ocorriam por meio do contrato da empresa EIG Mercados Ltda., que era responsável por registrar os contratos de financiamento de veículos.

Após a operação, o Ministério Público Estadual (MPE) ofereceu denúncia contra 58 pessoas, entre elas deputados, ex-políticos, empresários e advogados. Além de responderem por constituição de organização criminosa, os denunciados são acusados dos crimes de corrupção passiva, lavagem de dinheiro e fraude em licitação.

Na denúncia, foram apresentados 37 fatos ocorridos entre os anos de 2009 a 2016.

A denúncia apontou para três vertentes diversas de análises: movimentações bancárias entre os denunciados, entre denunciados com terceiros, apenas entre terceiros e entre os denunciados e servidores da Assembleia Legislativa. Todas as transações foram comprovadas na denúncia.