A juíza da Terceira Vara Especializada de Família e Sucessões de Várzea Grande, Jaqueline Cherulli, acredita que a comunicação não violência se inicia com respeito, observar sem julgar e expressar as necessidades de forma clara.
A magistrada levantou alguns aspectos da comunicação não violenta, durante a live realizada pelo Youtube do Instituto Mario Cardi Filho, nesta quinta-feira (10).
Segundo a juíza “as pessoas têm a concepção errada de que a comunicação não violenta é algo meloso, para se usar palavras no diminuitivo. E, não tem nada a ver. Se comunicar bem e sem violência requer primeiramente um olhar de respeito, é pelo olhar que estabelecemos o início da comunicação. As expressões corporais também passam uma mensagem”, detalhou.
Cherulli disse que a história da humanidade é marcada por conflitos e nem sempre os diálogos foram efetivos. Segundo ela, por traz de todo comportamento, existe uma necessidade, que é um dos pontos chaves para a comunicação não violenta.
“A história do homem começa com a luta pela sobrevivência, e toda essa disputa ocasionada pelos conflitos trouxe a nossa sociedade até aqui. A partir daí começamos a entender a necessidade do diálogo. Mas será que é dialogando que a gente se entende? Com essa tentativa de diálogo podemos até iniciarmos uma guerra. Por isso muitas vezes o silêncio ou a pausa em um diálogo são necessários, importantes e imprescindíveis”, destacou.
Jaqueline também lembrou que ao se comunicar é preciso ter em mente que as pessoas são distintas e, é necessário ter cuidado com os achismos imediatos e os julgamentos.
“Cada pessoa possui uma peculiaridade e uma necessidade, que pode ser identificada ao observamos a sua comunicação. Toda fala é a manifestação de um desejo, por isso devemos falar com autenticidade e cuidar com a sinceridade, que pode magoar a outra pessoa”.
A explicação da juíza sobre autenticidade faz referência a seguir modelos de comportamentos existente. “Seguindo modelos, podemos não expressar nossas vontades e assim não seremos entendidos. Por isso é importante praticar a empatia ao ouvir o outro”.
“Vivemos um momento de adoecimento no mundo corporativo, nas famílias e demais ambientes, e, isso custa muito à saúde pública, às empresas e ao ser humano em geral. A comunicação não violenta é a forma de se comunicar com empatia, se colocar no lugar da outra pessoa e ouvir o ser humano que está do outro lado sem o rotular”, enfatizou a juíza. (Com informações da Assessoria)