O ex-governador Pedro Taques foi indiciado por denunciação caluniosa e obstrução da justiça após ele fazer acusações contra o promotor de Justiça, Mauro Zaque, que denunciou o esquema de grampos ilegais, caso conhecido como “Grampolândia Pantaneira”.
A Polícia Civil encaminhou ao Poder Judiciário o inquérito nesta terça-feira (27).
O inquérito foi instaurado por requisição da 14ª Promotoria de Justiça Criminal da Comarca de Cuiabá, pois haveria indícios de autoria e prova da materialidade do crime de denunciação caluniosa, previsto no artigo 339, do Código Penal, uma vez que o investigado deu causa à instauração de um Procedimento Administrativo e Criminal contra quem denunciou o esquema criminoso das interceptações telefônicas ilegais.
As investigações sobre as escutas ilegais foram desmembradas em sete inquéritos policiais conduzidos pela Força-Tarefa que apura o caso, coordenada pela delegada Ana Cristina Feldner e composta pelos delegados Renato Resende e Romildo Nogueira.
Entenda o caso
Em 2015, o então secretário estadual de Segurança Pública, Mauro Zaque, comunicou Pedro Taques, de que existia um escritório clandestino de interceptações ilegais, na qual teria grampeado os telefones de diversos políticos, médicos, advogados e jornalistas. Desta forma, o então governador pediu que fosse feita uma denúncia formal sobre a situação.
Só que, após o esquema vir à tona, em 2017, Taques fez uma representação contra o promotor de Justiça pelos crimes de falsificação de documento público, prevaricação e denunciação caluniosa.
O promotor foi acusado pelo ex-governador de criar um documento, burlar o sistema de protocolo na Casa Civil, para noticiar os grampos ilegais.
A suspeita é de que o esquema teria sido engendrado para atender os interesses políticos de Taques. (Com informações da Assessoria da PJC-MT)