O Estado de Mato Grosso apresentou, nesta quarta-feira (9), um projeto de lei que prevê a concessão da gestão do novo Hospital Central de Cuiabá à Sociedade Beneficente do Hospital israelita Albert Einstein, referência nacional.
O projeto de lei será submetido à votação na Assembleia Legislativa.
A partir de maio, uma equipe da instituição virá a Cuiabá para recrutar e treinar os profissionais que atuarão na nova estrutura.
“Toda a gestão ficará sob responsabilidade do Albert Einstein. Eles vão implantar seus protocolos de atendimento, capacitar maqueiros, técnicos de enfermagem, enfermeiros, entre outros profissionais. O atendimento será 100% pelo SUS”, explicou o governador Mauro Mendes.
O juiz auxiliar da Presidência do Tribunal de Justiça de Mato Grosso (TJMT), Agamenon Alcântara Moreno Junior, titular da 1ª Vara Especializada da Fazenda Pública de Várzea Grande, participou da reunião com o governador Mauro Mendes e deputados estaduais para apresentação da instalação do hospital.
Durante o encontro, o magistrado enfatizou a relevância da conclusão da obra para a população mato-grossense e apontou que a inauguração da unidade deve refletir diretamente na diminuição do número de processos judiciais relacionados à saúde.
“Estamos falando de um hospital que deve começar a funcionar ainda este ano e que vai realizar procedimentos de alta complexidade. Isso representa uma mudança significativa, pois diversas demandas que hoje chegam ao Judiciário poderão ser resolvidas diretamente pelo sistema de saúde, com mais agilidade e menos necessidade de judicialização”, afirmou Agamenon.
O novo hospital
Com 98% das obras concluídas, o Hospital Central está sendo construído pela Secretaria de Estado de Saúde (SES-MT) e já recebeu mais de R$ 215 milhões em investimentos. A estrutura original de 9 mil m² foi ampliada para 32 mil m², após ser abandonada por mais de três décadas.
A unidade terá capacidade mensal para 1.990 internações, 652 cirurgias, 3.000 consultas especializadas e 1.400 exames. O novo hospital contará com 10 salas cirúrgicas, 60 leitos de UTI e 230 leitos de enfermaria, somando 290 leitos destinados ao atendimento da população em casos de alta complexidade.
Entre as especialidades previstas estão cardiologia, neurologia, ortopedia, cirurgia geral, urologia, ginecologia, infectologia, otorrinolaringologia e cirurgia vascular.
Iniciada em 1984, a obra foi interrompida em 1987 e só foi retomada em 2019, com o lançamento de um novo projeto e posterior licitação. A assinatura do contrato de retomada ocorreu em 2020. (Com informações da Assessoria do TJMT)