facebook instagram
Cuiabá, 05 de Fevereiro de 2025

Justiça Estadual Sábado, 20 de Agosto de 2022, 08:17 - A | A

Sábado, 20 de Agosto de 2022, 08h:17 - A | A

REGIME FECHADO

Motorista que matou engenheira no trânsito é condenado a 16 anos

Embora o MPE tenha denunciado Jackson Furlan também pelo homicídio tentado de Vitor Giglio Brantis Fioravante, em plenário sustentou ter havido erro na execução (aberratio ictus) e, por isso, o réu foi absolvido desse crime pelo Conselho de Sentença

Da Redação

O Conselho de Sentença de Sorriso (a 420 km de Cuiabá) acolheu a tese do Ministério Público do Estado (MPE) e condenou Jackson Furlan pelo homicídio qualificado (motivo fútil) da engenheira agrônoma Júlia Barbosa de Souza.

A sessão de julgamento ocorreu na quinta-feira (18) e durou cerca de 13 horas.

A pena estabelecida foi de 16 anos de reclusão, em regime inicial fechado, sendo negado ao condenado o direito de recorrer em liberdade.

Embora o MPE tenha denunciado Jackson Furlan também pelo homicídio tentado de Vitor Giglio Brantis Fioravante, em plenário sustentou ter havido erro na execução (aberratio ictus) com unidade simples e crime único. Assim, o réu foi absolvido desse crime pelo Conselho de Sentença.

Atuou em plenário o promotor de Justiça Luiz Fernando Rossi Pipino.

O crime

O crime aconteceu em novembro de 2019, no trânsito, no bairro Vila Romana, em Sorriso. Conforme a denúncia do MPE, Júlia estava no banco de passageiro de um veículo conduzido pelo namorado dela, Vitor Giglio Brantis Fioravante. Ao notar que um veículo à frente interrompeu o fluxo na via ao frear repentinamente, Vitor reduziu a velocidade e Jackson, que conduzia outro veículo e vinha atrás, passou a buzinar e se irritou.

Com o trânsito liberado, Jackson passou a perseguir o carro em que estava o casal. Desconfiado, Vitor chegou a fazer uma conversão proibida para liberar caminho, mas o condenado continuou com a perseguição. Em determinado momento, Vitor conseguiu se desvencilhar e seguiu por uma via diferente, porém Jackson deu marcha ré em sua camionete e seguiu em perseguição.

Ao alcançar o carro do casal, Jackson emparelhou, sacou um revólver e apontou na direção de Vitor. Este então fez uma conversão à direita, quando Jackson atirou por uma única vez. Conforme a perícia técnica, o disparo em linha horizontal atingiria o motorista na cabeça, contudo, o projétil sofreu desvio de direção ao perfurar uma caixa de papelão que estava no banco traseiro do veículo e atingiu a cabeça de Júlia Barbosa de Souza. (Com informações da Assessoria do MPE)