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Penal Segunda-feira, 06 de Junho de 2022, 15:04 - A | A

06 de Junho de 2022, 15h:04 - A | A

Penal / CORRUPÇÃO PASSIVA

Procurador se torna réu por suposto recebimento de propina de R$ 1 mi

Chico Lima teria solicitado e recebido a propina por ter auxiliado no acordo de emissão de cartas de crédito em favor de um grupo de policiais, em troca da renúncia/desistência das ações movidas contra o Estado

Da Redação



O procurador aposentado do Estado, Francisco Gomes de Andrade Lima Filho, o “Chico Lima”, se tornou réu por corrupção passiva após ter supostamente recebido R$ 1 milhão em propina.

A denúncia foi oferecida pelo Ministério Público do Estado e recebida pela Sétima Vara Criminal de Cuiabá, após a Polícia Civil, por meio da Delegacia Especializada em Crimes Fazendários, concluir o inquérito que apurava suposto crime de tráfico de influência praticado pelo acusado.

O fato foi investigado, inicialmente, como desdobramento da Operação Sodoma realizada pela força-tarefa que compunha o Comitê Interinstitucional de Recuperação de Ativos (CIRA).

Segundo as investigações, na ocasião, o procurador solicitou e recebeu no ano de 2012 um cheque no valor de R$ 1 milhão por ter auxiliado no acordo de emissão de cartas de crédito em favor de um grupo de policiais, cuja defesa era patrocinada pela escritório de advocacia do ex-secretário de Administração, Cézar Roberto Zílio, em troca da renúncia/desistência das ações movidas contra o Estado de Mato Grosso.

Na época dos fatos, o procurador atuava na elaboração de parecer do interesse do Governo do Estado, cuja tratativa foi finalizada em seu gabinete, na Casa Civil. Finalizado o "acordo", o procurador da defesa das ações individuais e coletivas dos policiais realizou a venda das cartas de crédito a outro escritório de advocacia, que fez o pagamento em 2 cheques, um deles no valor de R$ 1 milhão, posteriormente destinado ao procurador a título de comissão pela realização do negócio.

Depois disso, o cheque foi "trocado" em uma empresa, cujo dono também era sócio-proprietário de uma factoring, para o procurador do Estado que, em contrapartida recebeu diversos cheques nominais de outras pessoas físicas como forma de dissimular a fraude perpetrada pelo investigado. (Com informações da Assessoria da PJC-MT)