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Penal Quarta-feira, 13 de Novembro de 2019, 15:58 - A | A

13 de Novembro de 2019, 15h:58 - A | A

Penal / GRAMPOLÂNDIA PANTANEIRA

Apesar de ser perdoado pela Justiça, cabo da PM busca absolvição

O pedido consta no recurso de apelação interposto no Tribunal de Justiça de Mato Grosso (TJMT), após o Ministério Público também recorrer contra a sentença, já que entende ser descabível a concessão do perdão ao cabo

Lucielly Melo



Mesmo após ter sido beneficiado com o perdão judicial, o cabo da Polícia Militar, Gerson Luiz Corrêa Júnior, busca sua absolvição no esquema de grampos ilegais.

O pedido consta no recurso de apelação interposto no Tribunal de Justiça de Mato Grosso (TJMT), após o Ministério Público também recorrer contra a sentença, já que entende ser descabível a concessão do perdão ao cabo.

Para a defesa, que é composta pelos advogados Eurolino Sechinel dos Reis e Neyman Monteiro, a absolvição nesse caso seria mais vantajosa do que o benefício já concedido.

“Salienta-se, porque necessário, que a interposição de Apelação, embora o Colendo Conselho da Justiça Militar tenha concedido o Perdão Judicial, sustenta-se no fato de que, em eventual interposição de Apelo pelo Ministério Público e, eventual decisão desfavorável ao Peticionário, a manutenção da condenação se tornaria definitiva com trânsito em julgado”, diz um trecho do recurso, o qual o Ponto na Curva obteve acesso.

“Ademais, entende-se, respeitosamente, que eventual absolvição perante a Corte Mato Grossense de Justiça é mais benéfica ao Peticionário”, outro trecho da petição.

Julgamento da Grampolândia

Gerson foi julgado na semana passada por ter atuado no escritório clandestino de interceptações ilegais, caso que ficou conhecido como Grampolândia Pantaneira.

Após dois dias de julgamento, o Juízo da Vara Especializada da Justiça Militar reconheceu que o cabo ajudou nas investigações ao dar detalhes do esquema. Por isso, admitiu a colaboração unilateral e concedeu o perdão judicial ao réu.

Além de Gerson, também foram sentenciados os coronéis Evandro Lesco e Ronelson Barros e o tenente-coronel Januário Batista – que foram absolvidos.

Apenas o coronel Zaqueu Barbosa foi condenado a 8 anos de prisão, em regime semiaberto. Este também já apresentou recurso contra a sentença.