O Supremo Tribunal Federal (STF) declinou para a primeira instância o último inquérito da Operação Malebolge (12ª fase da Ararath), que ainda tramitava naquela Corte.
Trata-se de uma investigação contra o ex-deputado federal, Carlos Bezerra, que apura crimes contra a administração pública envolvendo a licitação para obras no aeroporto de Rondonópolis, que teria sido superfaturada em mais de R$ 7 milhões.
De acordo com as investigações, o ex-governador Silval Barbosa teria sido avalista de Bezerra em um empréstimo de R$ 4 milhões com uma empresária, onde o pagamento seria realizado por meio de cobrança de propina das empresas Construtora Trípoli, Ensercon Engenharia Ltda e a EBC – Empresa Brasileira de Construções. O parlamentar teria recebido o valor ilícito, mas não teria realizado o pagamento.
O caso tramitava no STF por conta do foro privilegiado de Bezerra. Com o fim do mandato do parlamentar, em fevereiro de 2023, o ministro Dias Toffoli decidiu pela transferência dos autos para a 5ª Vara Federal de Mato Grosso. A determinação é do último dia 6.
Além de Bezerra, também são investigados: o ex-secretário estadual, Cinésio Nunes de Oliveira, José Carlos Ferreira da Silva, Tércio Lacerda de Almeida, Marcílio Ferreira Kerche, Edmar Alves Botelho, Esmeraldo Teodoro de Mello e Pedro Maurício Mazzaro.
Errata
Na primeira edição desta matéria, incluímos de forma equivocada o nome do advogado Edeilson Ribeiro Bona como um dos investigados no procedimento policial. Ao contrário do afirmado, contudo, o profissional apenas patrocinou a defesa jurídica de um dos agentes políticos citados e jamais foi investigado no bojo do referido inquérito. Com esta correção, pedimos sinceras desculpas pelo lamentável equívoco.