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08 de Novembro de 2024

Penal Terça-feira, 23 de Julho de 2024, 09:44 - A | A

23 de Julho de 2024, 09h:44 - A | A

Penal / FEMINICÍDIO

Ex-PM vai a júri popular por morte de advogada em Cuiabá

O réu também responde pelos crimes de estupro e fraude processual

Lucielly Melo



O juiz Jorge Alexandre Martins Ferreira, da 12ª Vara Criminal de Cuiabá, pronunciou o ex-policial militar Almir Monteiro dos Reis, que irá a júri popular pelo feminicídio cometido contra a advogada Cristiane Castrillon da Fonseca Tirloni.

A informação foi confirmada ao Ponto na Curva pela Assessoria de Comunicação do Poder Judiciário de Mato Grosso.

O réu também responde pelos crimes de estupro e fraude processual.

O caso tramita em sigilo.

O caso

O crime ocorreu em agosto de 2023. Conforme as investigações, a vítima passou a tarde de sábado (12 de agosto) em um churrasco com a família e amigos e por volta das 22 horas foi com o seu carro até um bar, nas proximidades da Arena Pantanal, em Cuiabá. Ela conheceu um homem com quem teria deixado o local, por volta das 23h30.

Após o fato, os familiares não conseguiram mais contato com a advogada, que também não dormiu em casa. Preocupados com o paradeiro da vítima, o irmão dela acessou um aplicativo que indicou que o celular dela estaria no Parque das Águas. No local, o corpo foi encontrado dentro do seu veículo Jeep, no banco do passageiro, já sem vida, sendo encaminhada ao hospital.

Com base nas informações, os policiais deram início às diligências, chegando até o último local em que a vítima esteve, antes da morte, uma residência no bairro Santa Amália. Por meio de imagens de câmeras de segurança foi possível ver o veículo da vítima saindo do endereço, na parte da manhã, com o suspeito na direção.

Na residência, os policiais realizaram a abordagem do suspeito, que confessou ter dormido com a vítima, porém, apresentou diversas contradições sobre os fatos posteriores e o envolvimento no crime de feminicídio. Na casa, foram recolhidos diversos indícios da autoria do suspeito no crime.

Logo após o crime, Almir foi preso em flagrante, cuja prisão foi convertida em preventiva pela Justiça.