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Penal Quarta-feira, 25 de Maio de 2022, 16:36 - A | A

25 de Maio de 2022, 16h:36 - A | A

Penal / MAUS-TRATOS

Justiça manda prender dona de berçário acusada de agredir crianças

Após receber denúncia, a Polícia Civil realizou algumas diligências e encaminhou ao MP relatório final com indiciamento da suspeita pelo crime de tortura, sendo representando pelo pedido de prisão, que foi deferido pelo poder Judiciário

Da Redação



A proprietária de um berçário em Canarana (a 823 km de Cuiabá), suspeita de maus-tratos e tortura praticados contra as crianças que ficavam sob seus cuidados, foi alvo de mandado de prisão nesta segunda-feira (23).

No inquérito policial, que corre em sigilo, a suspeita foi indiciada por tortura, sendo o pedido de prisão representado pelo Ministério Público e decretado pela Justiça.

As investigações da Polícia Civil iniciaram após denúncia feita por funcionárias do berçário e pela mãe de uma bebê de oito meses que ficava no estabelecimento. Após troca de informações, a mãe e as cuidadoras (menores de idade) decidiram fazer o boletim de ocorrência contra a proprietária.

A creche é a única da cidade que pegava crianças a partir de seis meses e segundo as informações, a dona do estabelecimento agredia as crianças com tapas, chineladas (na cabeça, nas pernas e até no rosto) e puxões de orelha.

Entre outras situações relatadas, havia denúncias de que a suspeita deixava algumas crianças sem alimentação como castigo, por chorarem demais, além do caso de um bebê que tinha refluxo e ela fazia comer o próprio vômito.

Por se tratar de caso muito grave, desde o início dos trabalhos, as investigações correram em sigilo. Já nos primeiros dias, a Polícia Civil, junto ao Conselho Tutelar e a Prefeitura foram até o estabelecimento, conseguindo suspender as atividades de unidade temporariamente por 15 dias.

As primeiras a serem ouvidas foram as cuidadoras da creche (menores de idade) e posteriormente todas as mães que tinham filhos atendidos na unidade. Durante as investigações, foi possível colher alguns vídeos da suspeita praticando as agressões contra as crianças feitos pelas funcionárias, além de fotos e relatos de sinais de agressões nas crianças, ocorridos em diversos períodos.

Com base nos elementos colhidos, o delegado Deuel Paixão de Santana encaminhou o relatório final ao Ministério Público com indiciamento da suspeita pelo crime de tortura, sendo representando pelo pedido de prisão, que foi deferido pelo poder Judiciário. (Com informações da Assessoria da PJC-MT)