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Administrativo Quinta-feira, 28 de Dezembro de 2023, 10:14 - A | A

28 de Dezembro de 2023, 10h:14 - A | A

Administrativo / EM RONDONÓPOLIS

DP cobra celeridade em investigação sobre tentativa de chacina

Duas pessoas em situação de rua foram mortas, na madrugada desta quarta-feira (27); outras duas ficaram feridas e estão hospitalizadas

Da Redação



A Defensoria Pública da Mato Grosso (DPMT) cobrou celeridade nas investigações sobre a autoria dos assassinatos de dois moradores em situação de rua e tentativa contra outros dois, ocorrido na madrugada nesta quarta-feira (27), em Rondonópolis.

Em nota de repúdio, o Grupo de Atuação Estratégica em Defesa da População de Rua (Gaedic/Pop Rua) da Defensoria Pública ainda pediu o reforço na segurança e proteção daqueles que estão em situação de rua.

Além de pedido de providências, o Grupo solicitará que a Prefeitura de Rondonópolis adote medidas para manter o serviço do Centro POP em condições de segurança para trabalhadores e usuários do equipamento público.

William Ferreira de Oliveira Filho, 25 anos, e Odinilson Landvoidt de Oliveira, 41, foram mortos quando dormiam, na avenida Bandeirantes. Já Thiago Rodrigues Lopes, 37, e Oziel Ferle da Silva, 35, foram feridos, socorridos e estão hospitalizados.

“Esperamos que o Sistema de Justiça, a Segurança Pública, investiguem rapidamente e responsabilizem o autor ou os autores desse crime. Mas para além disso, precisamos que o Estado implemente políticas que garantam os direitos deles de sair da rua, com a doação de uma casa para morar, suporte que precisam para viver, emprego e tratamento de saúde. Sem políticas sérias e estruturantes, essas pessoas continuarão nas ruas sujeitas à violência e todo tipo de sofrimento, inclusive, à morte”, cobrou a defensora pública que integra o Pop Rua, Rosana Monteiro.

A defensora afirmou que recebeu a notícia com grande preocupação diante do fato de Rondonópolis ser o segundo maior município de Mato Grosso, e segundo município em número de população de rua atualmente, 395 pessoas cadastradas. E lembrou que mesmo estando em situação de rua, essas pessoas não perdem nenhum de seus direitos de cidadão.

"É importante ressaltar que, apesar do preconceito que criminaliza a pobreza, as pessoas em situação de rua são titulares de direitos e devem ter suas vidas protegidas com políticas habitacionais, de saúde, de trabalho, de segurança pública e todas as necessárias a uma vida digna. Neste momento, esperamos que as instituições se comprometam com a célere investigação e responsabilização dos culpados por esse crime bárbaro”.

Rosana disse ainda que o Estado e Municípios devem efetivar o Decreto n° 7053/09, que estabelece a Política Nacional para População em Situação de Rua e criem condições para que essas pessoas saiam das ruas por meio de políticas públicas de acesso à moradia, à saúde e ao trabalho.

Veja abaixo a nota de repúdio. (Com informações da Assessoria da DPMT)