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Cível Quarta-feira, 10 de Março de 2021, 10:03 - A | A

10 de Março de 2021, 10h:03 - A | A

Cível / ESQUEMA DE MENSALINHO

Ex-deputado oferece imóveis no lugar de R$ 22,4 milhões; juiz vai decidir

O juiz Bruno D’Oliveira Marques mandou Dilceu Dal Bosco comprovar a propriedade dos imóveis apresentados, antes de decidir se acata ou não o pedido

Lucielly Melo



O ex-deputado estadual, Dilceu Dal Bosco, ofereceu imóveis no lugar do bloqueio de R$ 22,4 milhões que recaiu sob seus bens numa ação que responde por receber suposta propina, conhecida como “mensalinho”.

A informação consta num despacho divulgado nesta terça-feira (9) pelo juiz Bruno D’Oliveira Marques, da Vara Especializada em Ação Civil Pública e Ação Popular.

Antes de analisar o pedido, o magistrado mandou o ex-parlamentar apresentar, em 15 dias, documentos que comprovem ser ele o proprietário dos imóveis apresentados.

“Intime­se o requerido Dilceu Antônio Dal Bosco para que, no prazo de 15 (quinze) dias, comprove a propriedade dos imóveis ofertados em caução, mediante a juntada de matrícula atualizada, tendo em vista que os documentos que acompanharam a petição (...) não são hábeis a tal desiderato”, diz trecho do despacho.

O processo tramita em segredo de Justiça.

O caso

Dilceu Dal Bosco foi alvo do decreto de indisponibilidade de bens no ano passado, após ser alvo da ação por improbidade administrativa, de autoria do Ministério Público, que apontou a participação dele num esquema de pagamento de propina a deputados estaduais.

A ação tem como base as delações premiadas do ex-governador Silval Barbosa e do ex-presidente da Assembleia Legislativa, José Geraldo Riva.

Segundo o MPE, o esquema funcionava para que os deputados beneficiados com o “mensalinho” pudesse manter a governabilidade de Silval.

Conforme o MPE, os valores foram recebidos por Dilceu entre os anos de 2003 e 2011 e ultrapassam a R$ 4,1 milhões. Contudo, hoje, este valor chega a R$ 22,4 milhões, que foi o montante requerido pelo MPE a título de bloqueio.