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Cível Segunda-feira, 15 de Março de 2021, 09:02 - A | A

15 de Março de 2021, 09h:02 - A | A

Cível / CIRURGIA EMERGENCIAL

Juíza determina transferência de recém-nascida para UTI em MT

Mesmo com a decisão, até o momento, a resposta da Central de Regulação do Estado é de que não há vaga para a bebê

Da Redação



A juíza plantonista da Primeira Vara de Fazenda Pública de Várzea Grande (Vara da Saúde Pública), Viviane Isernhagen, determinou que o Estado de Mato Grosso e o Município de Nova Canaã do Norte façam a transferência de uma recém-nascida para uma Unidade de Terapia Intensiva Neonatal (UTI), para reverter quadro grave de celulite, abscesso e necrose faciais e em parte do pescoço.

A criança foi internada na quarta-feira (10) no Hospital Regional de Alta Floresta e no sábado (13), a Defensoria Pública de Mato Grosso conseguiu liminar na Justiça.

Porém, até o momento, a resposta da Central de Regulação do Estado é de que não há vaga. O defensor público que atua na comarca de Alta Floresta, Vinícius Hernandez, explicou que o quadro da recém-nascida se agrava a cada minuto, pois o organismo dela não responde mais aos medicamentos usados pela equipe do Hospital Regional, para evitar o avanço da doença.

Ele informa que a juíza concedeu liminar diante da urgência e iminente risco de morte da bebê, cujo caso foi classificado pelos médicos como de prioridade máxima (vermelho), com necessidade de atendimento imediato.

A magistrada ordenou a imediata transferência da recém-nascida para uma vaga de UTI Neonatal do Sistema Único de Saúde (SUS) de um hospital público ou de um privado que tenha convênio com o SUS e até o momento, as buscas por essa vaga continuam, sem sucesso.

“A situação da família se torna ainda mais grave e desesperadora quando analisamos a precariedade do sistema de saúde de Mato Grosso, que não tem leitos suficientes de UTI Neonatal. Onde esses leitos existem, encontramos o problema de falta de estrutura adequada e de profissionais. Com a pandemia, a gravidade da situação ficou pior, pois o que era ruim, se tornou insustentável”, avaliou o defensor que está em contato permanente com a Central de Regulação.

Hernandez disse que uma vaga de UTI Neonatal foi localizada no município de Tangará da Serra, porém, o hospital não conta com equipe de cirurgiões pediátricos e que não consegue retorno dos hospitais privados no envio de orçamentos, para que possa pleitear a vaga numa unidade particular. (Com informações da Assessoria da Defensoria Pública)