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Cível Quinta-feira, 05 de Maio de 2022, 10:47 - A | A

05 de Maio de 2022, 10h:47 - A | A

Cível / RISCO DE MORTE

Justiça determina transferência de bebê em UTI aérea para Cuiabá

A decisão atendeu pedido da Defensoria Pública, que ingressou com ação contra o Município de Água Boa e o Estado

Da Redação



A Justiça determinou a transferência de um bebe de 4 meses, do Hospital Regional de Água Boa para o Hospital e Pronto-Socorro de Cuiabá, por meio de uma UTI aérea, para tratar quadro de hemorragia digestiva e pneumonia.

Nascido de cesárea devido a uma amniorrexe prematura (ruptura das membranas antes do trabalho de parto), no dia 28 de dezembro de 2021, em Gaúcha do Norte (a 593 km de Cuiabá), o bebê teve quadro hipoativo, ictérico e desidratação, sendo internado na Unidade de Terapia Intensiva (UTI) de Várzea Grande no dia 2 de janeiro deste ano.

O recém-nascido recebeu alta no dia 16. Porém, após complicações, foi internado novamente no dia 8 de abril, com quadro de pneumonia, apresentando episódios de cianose periférica (coloração azulada), com crises convulsionais, em razão da febre alta, desta vez no Hospital Regional de Água Boa.

No dia 27, ele apresentou piora clínica, com sonolência, episódios de vômito escurecido e evacuação sanguinolenta moderada, necessitando de remoção urgente para UTI pediátrica. Em seguida, no mesmo dia, apresentou sepse (doença inflamatória) grave, com distúrbio de coagulação e hemorragia digestiva.

Diante do quadro gravíssimo, a mãe procurou o Núcleo de Água Boa da Defensoria Pública. A defensora pública Lindalva de Fátima Ramos ingressou com a ação, com pedido de tutela de urgência, contra o Município de Água Boa e o Estado, solicitando a transferência urgente para um hospital com melhor estrutura pediátrica, devido ao risco iminente de morte.

A decisão judicial foi proferida no mesmo dia, pelo juiz plantonista Jean Paulo Rufino deferiu o pedido, concedendo a tutela de urgência, e determinou a remoção do paciente e de um acompanhante para uma UTI em Cuiabá ou em qualquer unidade hospitalar com a estrutura exigida, custeada pelo Estado, incluindo todos os exames e tratamentos, até mesmo intervenção cirúrgica, se necessária. A transferência ocorreu no dia seguinte (28). (Com informações da Assessoria da Defensoria Pública)