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Cível Quinta-feira, 23 de Novembro de 2023, 15:05 - A | A

23 de Novembro de 2023, 15h:05 - A | A

Cível / ADI NO TJMT

PGJ aciona contra lei que implementa zonas urbanas no interior de MT

O Ministério Público afirmou que a implementação de zonas urbanas sem a participação popular fere o princípio da participação democrática

Da Redação



A Procuradoria-Geral de Justiça (PGJ-MT) propôs Ação Direta de Inconstitucionalidade (ADI) contra a Lei Complementar nº 1.883/2022, do Município de Vila Rica (a 1.259 km de Cuiabá), que dispõe sobre o uso e ocupação do solo urbano.

O Ministério Público requereu “a suspensão liminar dos atos normativos impugnados e interrupção de quaisquer atos administrativos (licença, autorização etc.) que decorram da lei questionada”, sob o argumento de que a “implementação de zonas urbanas sem a participação popular fere de morte o princípio da participação democrática na gestão pública”.

No julgamento do mérito, requereu a procedência da ADI e a declaração de inconstitucionalidade da lei.

Conforme o procurador-geral de Justiça, Deosdete Cruz Junior, o projeto de lei “foi aprovado em turno único e sem a realização de audiências públicas e debates com a participação da população e de associações representativas dos vários segmentos da comunidade municipal”.

Segundo ele, leis complementares não podem ser aprovadas dessa forma, sendo imprescindível a realização da consulta pública, com ampla participação popular, inserindo entidades comunitárias nos processos para a construção de espaços democráticos.

Além disso, o MPE registrou que o Judiciário já possui entendimento no sentido de que a implementação de mudanças legislativas que dispõem sobre o uso e ocupação do solo urbano sem a participação popular, por meio da realização de audiências e discussões públicas, afronta a Constituição Estadual de Mato Grosso. (Com informações da Assessoria do MPE)