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24 de Agosto de 2024

Empresarial Quinta-feira, 22 de Agosto de 2024, 14:31 - A | A

22 de Agosto de 2024, 14h:31 - A | A

Empresarial / GRUPO REDENÇÃO

Credores pedem substituição de “watchdog” por desídia em RJ milionária

Na petição encaminhada à Justiça, os credores alegaram que a, após pouco mais de um ano de sua nomeação, a profissional não apresentou nenhum relatório das atividades das empresas

Lucielly Melo



Credores do Grupo Redenção acusaram a “watchdog” que atua no processo de recuperação judicial do conglomerado de desídia e pediram a substituição da profissional.

A petição, a qual o Ponto na Curva, teve acesso, foi protocolada nesta quarta-feira (21) na 1ª Vara Cível de Cuiabá Especializada em Recuperação Judicial, onde o processo tramita.

O grupo entrou em crise após acumular R$ 270.666.616,11 em dívidas. Diante da complexidade do caso, a Justiça nomeou, há pouco mais de um ano, uma “watchdog”.

Diferente do administrador judicial, o watchdog tem a função de fiscalizar as atividades empresariais, com o objetivo de proteger os interesses dos credores e o cumprimento do plano. Porém, o trabalho não estaria sendo bem executado, conforme reclamação dos credores.

Na petição encaminhada à Vara Especializada, eles credores alegaram que, mesmo após um ano de sua nomeação, a profissional não apresentou nenhum relatório da atividade fiscalizatória, “não prestando qualquer informação acerca das atividades do grupo recuperando, tampouco auditoria sobre a administração exercidas pelos sócios atuais para esse Douto Juízo, pelo menos de forma pública, como o faz o Ilustre Sr. Administrador Judicial”.

Assim, eles cobraram que o Juízo deva substituir a watchdog por outro profissional devidamente habilitado para a função.

“Portanto, a falta de apresentação de qualquer relatório de suas atividades fiscalizatórias, resta caracterizado o não cumprimento de sua função nomeada, devendo esse Douto Juízo determinar sua substituição e nomear por outro profissional habilitado, devendo inclusive prestar informações do trabalho realizado, eis que, restou fixado valor de sua remuneração”, diz outro trecho da petição.

O caso será analisado pelo Juízo.

Atualmente, a recuperação judicial do grupo está suspensa, por causa de uma dívida fiscal de R$ 258 milhões com o Estado de Mato Grosso.