O Tribunal de Contas do Estado (TCE) assumiu um papel central como mediador na busca por soluções para a clínica de hemodiálise de Guarantã do Norte, que ainda não está habilitada para operação.
Durante a reunião com as partes envolvidas, foram debatidos os principais desafios técnicos e financeiros que impedem o pleno funcionamento da unidade.
Presidente da Comissão Permanente de Saúde, Previdência e Assistência Social do TCE-MT, o conselheiro Guilherme Antonio Maluf destacou a importância da reunião para buscar um consenso entre os entes envolvidos e permitir que a clínica possa operar de forma eficaz.
"Entre as alternativas discutidas, destacamos o fortalecimento do repasse de recursos, a otimização da gestão operacional e possíveis parcerias institucionais. A intenção é que, com o apoio do Tribunal, seja possível superar os entraves existentes e assegurar que os pacientes da região tenham acesso ao tratamento de hemodiálise sem a necessidade de deslocamentos para outras cidades”.
Ainda de acordo como conselheiro, a Secretaria de Estado de Saúde se comprometeu em levantar as questões técnicas e a estudar a viabilidade financeira.
"Nós acertamos um prazo relativamente curto, no qual a Secretaria vai se pronunciar sobre essas dificuldades e, então, cada um vai assumir a sua responsabilidade. Uma clínica de hemodiálise é de alta complexidade e precisa ser muito bem analisada, pois se não o paciente pode padecer. A questão técnica é fundamental para um atendimento de qualidade e para população receber esse benefício”.
Na ocasião, a secretária-adjunta de Saúde do Estado, Fabiana Bardi, reforçou que o Governo tem auxiliado na estruturação técnica da unidade, porém há necessidade de adequar a clínica ao que é exigido pelos protocolos de saúde pública.
"Este é um procedimento de extrema complexidade, com critérios estabelecidos inclusive pelo Ministério da Saúde, mas estamos alinhando os processos para viabilizar o credenciamento e a habilitação da unidade e, assim, disponibilizar esse atendimento para a população dessa região.”
Prefeito de Guarantã do Norte, Márcio Gonçalves enfatizou a responsabilidade na gestão da clínica.
"A clínica precisa estar habilitada, com alvará da Vigilância Sanitária e condições adequadas para atendimento. Precisamos garantir que, se um paciente tiver uma complicação, haverá suporte adequado, e quero dizer que essa questão está sendo tratada com responsabilidade e respeito, a exemplo do Tribunal de Contas, quando convoca uma reunião como essa, preocupado não só em fiscalizar, mas em apresentar soluções para viabilizar a gestão e a entrega de serviço público de qualidade". (Com informações da Assessoria do TCE)