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Penal Sábado, 09 de Novembro de 2019, 06:39 - A | A

09 de Novembro de 2019, 06h:39 - A | A

Penal / EFEITO DA GRAMPOLÂNDIA

Coronéis absolvidos e cabo perdoado podem perder função militar

Acontece que a Corregedoria-Geral da PM deve abrir um procedimento administrativo para apurar a conduta dos militares, o que pode resultar na punição de perda dos cargos

Lucielly Melo



Os coronéis Ronelson Barros, Zaqueu Barbosa e Evandro Lesco, o tenente-coronel Januário Batista e o cabo da Polícia Militar, Gerson Luiz Corrêa Júnior, correm o risco de perderem os cargos por conta da participação no escritório clandestino de escutas ilegais.

Segundo o juiz militar, coronel Valdemir Barbosa, apesar de Barros, Lesco e Batista terem sido inocentados e Gerson recebido o perdão judicial, todos podem responder administrativamente por organização criminosa, interceptação telefônica ilegal e improbidade administrativa na Corregedoria-Geral da PM, o que pode resultar na punição.

“Administrativamente respondemos pelas transgressões disciplinares e podemos ser submetidos no caso do Gerson ao Conselho de Disciplina, que pode resultar na perda do cargo de cabo. No caso dos coronéis ao Conselho de Justificação, que também pode resultar na perda do cargo”, disse Valdemir.

Julgamento da Grampolândia Pantaneira

Após dois dias de julgamento (6 e 7 de novembro), o juiz Marcos Faleiros junto com o Conselho Especial da Justiça Militar decidiram por condenar apenas o coronel Zaqueu Barbosa pelos crimes de ação militar ilícita, falsidade ideológica e falsificação de documento. Ele pegou 8 anos de prisão, em regime semiaberto.

Os magistrados entenderam que o cabo Gerson Luiz ajudou a Justiça ao confessar e dar detalhes sobre o escritório de escutas clandestinas e, por isso, recebeu perdão judicial.

Quanto aos demais, Lesco Ronelson e Januário, não houve provas que demonstrassem a participação deles no esquema. Eles foramn absolvidos.