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Penal Segunda-feira, 11 de Novembro de 2019, 15:55 - A | A

11 de Novembro de 2019, 15h:55 - A | A

Penal / ROMBO DE R$ 3,3 MILHÕES

Ex-deputado e juiz vão depor a favor de Arcanjo sobre desvios na AL

A oitiva, que apura os crimes de peculato e lavagem de dinheiro por parte de João Arcanjo, está marcada para ocorrer no próximo dia 27

Lucielly Melo



A juíza Ana Cristina Mendes, da 7ª Vara Criminal de Cuiabá, marcou para o próximo dia 27, uma audiência de instrução e julgamento referente à ação penal que investiga o ex-comendador João Arcanjo Ribeiro por peculato e lavagem de dinheiro.

Trata-se de um processo que foi desmembrado de uma das ações originárias da Operação Arca de Noé, que apura desvio de R$ 3,3 milhões da Assembleia Legislativa.

Foram convocados o ex-deputado estadual, Gilmar Fabris e o juiz aposentado José Geraldo da Rocha Barros Palmeira, que vão depor a favor de Arcanjo.

A oitiva acontecerá no Fórum de Cuiabá, a partir das 16h30.

Entenda mais o caso

Segundo a denúncia, R$ 3.369.722,64 foram repassados da Assembleia Legislativa para a empresa C. P. T. ALMEIDA, de forma fraudulenta.

O Ministério Público, responsável por ajuizar a ação penal, narrou que operações da empresa com a Casa de Leis foram forjadas pelo grupo criminoso liderado pelos ex-deputados José Geraldo Riva e Humberto Melo Bosaipo, com o intuito de desviar dinheiro público.

A denúncia ainda cita que para pagar despesas pessoais ou decorrentes de campanhas eleitorais, os então deputados recorriam à Confiança Factoring, de propriedade de Arcanjo, emprestavam dinheiro e, em troca, para garantir a quitação dessas dividas, entregavam os cheques que foram emitidos em favor da C. P. T. Almeida.

“Tais cheques nominais à C. P. T. ALMEIDA, suposto fornecedor da AL/MT, eram encaminhados pelos próprios Deputados para a CONFIANÇA FACTORING e lá eram trocados por dinheiro, ou por cheques emitidos pela CONFIANÇA e nominais aos Deputados JOSE GERALDO RIVA e HUMBERTO MELO BOSAIPO ou a pessoas ou empresas indicadas pelos referidos; posteriormente os cheques emitidos contra a conta corrente da Assembleia Legislativa Estadual eram compensados ou sacados em prol da CONFIANÇA FACTORING (folhas 584/607-PGJ), fechando-se assim o círculo criminoso de desvio e apropriação indevida de dinheiro público”, diz trecho da denúncia.