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Penal Segunda-feira, 09 de Março de 2020, 11:10 - A | A

09 de Março de 2020, 11h:10 - A | A

Penal / ARCA DE NOÉ

Juíza ouvirá ex-deputados como testemunhas de Arcanjo em ação que apura esquema na AL

A ação apura um suposto esquema de desvios de dinheiro público instalado na Assembleia Legislativa, que teria causado o rombo de R$1.976.795,80

Lucielly Melo



O ex-deputado federal Júlio Campos e o ex-deputado estadual Gilmar Fabris devem prestar depoimento na Justiça como testemunhas do ex-bicheiro João Arcanjo Ribeiro, em um processo penal fruto da Operação Arca de Noé.

A ação apura um suposto esquema de desvios de dinheiro público instalado na Assembleia Legislativa, que teria causado o rombo de R$1.976.795,80.

A convocação dos ex-parlamentares foi publicada no Diário de Justiça Eletrônico (DJE) desta segunda-feira (9).

Os depoimentos serão tomados pela juíza Ana Cristina Mendes, da Sétima Vara Criminal de Cuiabá, em audiência de instrução e julgamento marcada para o próximo dia 1º.

Na oportunidade, a magistrada também ouvirá outras testemunhas de Arcanjo e as pessoas arroladas pelo Ministério Público do Estado (MPE), que é autor da ação.

“Considerando o exposto, em obediência ao disposto no artigo 399 do CPP, DESIGNO AUDIÊNCIA DE INSTRUÇÃO E JULGAMENTO para os dias 01 de Abril de 2020 às 14h00min, ocasião em que serão inquiridas as testemunhas de acusação Cristiano Guerino Volpato, Jonas Rodrigues Paula, Edil Dias Correa, Romildo Rosa do Nascimento e Celso Emílio Calhao Barini, as testemunhas de defesa José Maria da Silva, Gilmar Fabris e Júlio José de Campos (endereços às fls. 2787) e interrogado o acusado”, diz trecho do despacho.

O caso

Considerada uma das maiores operações de Mato Grosso, a “Arca de Noé”, que foi deflagrada em dezembro de 2002, investigou crimes ocorridos dentro da Assembleia Legislativa.

Segundo informações apuradas, os crimes teriam sido liderados pelo ex-presidente da Casa, José Geraldo Riva e pelo então deputado Humberto Bosaipo.

Além de Riva e Bosaipo, o processo investiga alguns servidores que fizeram parte dos desvios milionários feitos na Assembleia, a partir da contratação fictícia com empresas “fantasmas”.

Durante a deflagração da operação foi preso o então chefe do crime organizado no Estado, o bicheiro João Arcanjo Ribeiro.