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25 de Julho de 2024

Penal Quinta-feira, 06 de Junho de 2024, 09:11 - A | A

06 de Junho de 2024, 09h:11 - A | A

Penal / OPERAÇÃO CAIXA DE PANDORA

Justiça suspende OAB de advogados após entrada de celulares na PCE

Além dos quatro advogados alvos da operação, também são investigados policiais penais que teriam facilitado a entrada de aparelhos telefônicos na unidade prisional

Da Redação



O Grupo de Atuação Especial Contra o Crime Organizado (Gaeco) deflagrou, nesta quinta-feira (6), a operação Caixa de Pandora. Dezenove pessoas, incluindo policiais penais e advogados, são alvos de 43 mandados de busca e apreensão em Cuiabá, Várzea Grande e Cáceres.

Os advogados Fabiana Félix de Arruda Souza, Elvira Kelli Almeida Cruz e Cleberson dos Santos Silva Schmit, que estão entre os investigados, tiveram suspenso o direito de exercício profissional por decisão judicial.

Segundo o Gaeco, as ordens judiciais foram expedidas pelo juiz João Bosco Soares da Silva, do Núcleo de Inquéritos Policiais.

O grupo é investigado por promover articulação para garantir a entrada de materiais ilícitos, tais como aparelhos celulares e acessórios nas unidades prisionais da Capital, obtendo, assim, vantagem econômica ilícita e causando inúmeros prejuízos à segurança pública dentro e fora do Estado.

Conforme o Gaeco, os elementos probatórios colhidos durante a investigação demonstram que servidores do Sistema Penitenciário ingressaram e/ou facilitaram a entrada de aparelhos celulares e acessórios na Penitenciária Central do Estado, os quais eram utilizados pelos presos. Através dos dispositivos, os detentos praticavam e ordenavam vários crimes extramuros.

Consta ainda que o ingresso dos aparelhos se dava através de advogados, os quais se valiam da prerrogativa de sua profissão para entregar aparelhos celulares, componentes e acessórios durante visitas aos internos no parlatório.

As investigações revelaram também que um freezer novo contendo sinais de violação deu entrada na PCE com a finalidade de transportar em seu interior inúmeros aparelhos celulares.

A denominação “Caixa de Pandora” é uma metáfora usada para caracterizar ações que, menosprezando o princípio de precaução, desencadeiam consequências maléficas, terríveis e irreversíveis. (Com informações da Assessoria do MPE)