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Penal Terça-feira, 12 de Abril de 2022, 08:30 - A | A

12 de Abril de 2022, 08h:30 - A | A

Penal / DESMATAMENTO ILEGAL

Madeireiros e liderança indígena são alvos de operação da PF

Foram cumpridos seis mandados de busca e apreensão, expedidos pela 1ª Vara Federal da Subseção Judiciária de Sinop, nas cidades de Matupá, Guarantã do Norte e Peixoto de Azevedo, além da cidade de Iporá (GO)

Da Redação



A Polícia Federal deflagrou, na manhã desta terça-feira (12,) a Operação Escudo de Palha para investigar o desmatamento ilegal na terra indígena Menkragnoti, nas proximidades da aldeira Kotori, no município de Peixoto de Azevedo.

Foram cumpridos seis mandados de busca e apreensão, expedidos pela 1ª Vara Federal da Subseção Judiciária de Sinop, nas cidades de Matupá, Guarantã do Norte e Peixoto de Azevedo, além da cidade de Iporá (GO).

Entre os alvos, estão madeireiros e uma liderança indígena.

A investigação

A investigação teve início em fevereiro de 2022, após denúncia recebida pela Fundação Nacional do Índio (Funai) de Cuiabá, relacionada à extração ilegal de madeira na terra indígena. Segundo a denúncia, nas proximidades da aldeia, havia cerca de dois mil metros cúbicos de madeiras cortadas e prontas para serem retiradas. Ainda, que os madeireiros da cidade de Peixoto de Azevedo teriam cooptado as lideranças indígenas da aldeia Kororoti, ofertando cerca de R$ 70 mil para a retirada dessa madeira.

Com base na denúncia, no mesmo mês, foi realizada uma ação conjunta entre Polícia Federal, Secretaria Estadual de Meio Ambiente, Ibama e a Delegacia Especializada do Meio Ambiente, que se deslocaram até o local e detectaram, após sobrevoo de helicóptero, o desmatamento e a existência de madeiras cortadas.

Na ocasião, dentro da terra indígena e nos seus arredores, foram realizadas apreensões de arma e veículos pelo Ibama. Devido às condições de conservação dos veículos, associado ao fato dos locais em que foram encontrados serem de difícil acesso e com a finalidade de cessar o crime ambiental, os mesmos foram inutilizados.

Os investigados podem responder pelos crimes ambientais de desmatamento e óbice a ação fiscalizadora do Poder Público, com penas de até 4 anos de reclusão e 3 anos de detenção, respectivamente, e associação criminosa, com pena de até 3 anos de reclusão, dentre outros crimes.

O nome da operação, Escudo de Palha, é decorrente da aparente proteção que os indígenas locais empreendiam em favor da floresta, quando na verdade a proteção era facilmente sobrepujada por suborno em favor de liderança local. (Com informações da Assessoria da PF)