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Penal Sábado, 16 de Novembro de 2019, 08:31 - A | A

16 de Novembro de 2019, 08h:31 - A | A

Penal / DIA 28

TJ retoma julgamento para decidir se condena deputado por doação de imóvel

Os crimes teriam sido praticados por Romoaldo Júnior, na época em que era prefeito de Alta Floresta, em 2001, quando foi simulado a venda e compra do terreno avaliado em R$ 19,5 mil

Lucielly Melo



No próximo dia 28, o Pleno do Tribunal de Justiça de Mato Grosso (TJMT) retomará, em sessão extraordinária, o julgamento do deputado estadual Romoaldo Júnior, acusado de desvio de bens públicos em proveito alheio ou próprio e falsidade ideológica.

Os crimes teriam sido praticados por ele, na época em que era prefeito de Alta Floresta, em 2001, quando foi simulado a venda e compra do terreno avaliado em R$ 19,5 mil.

O julgamento do caso iniciou em setembro deste ano. Na ocasião, a relatora, desembargadora Maria Erotides Kneip, votou para condenar o parlamentar a dois anos e três meses de reclusão, em regime aberto. Ela ainda opinou pela perda de função pública do acusado, por cinco anos.

Além disso, a desembargadora também requereu a perda do imóvel negociado em favor do município.

Além de Romoaldo, também são réus nesse caso: Ney Garcia Almeida e Paulo César Moretti. Quanto à eles, a relatora também aplicou a mesma pena de dois anos e três meses de reclusão.

Para Maria Erotides, ao contrário do que a defesa do deputado alegou, não ocorreu a devida licitação para que a propriedade pertencente a prefeitura fosse alvo de negociação. Segundo ela, as provas demonstram que Romoaldo, enquanto prefeito, beneficiou terceiros e doado o imóvel.

“Não há prova de nenhuma compensação, de serviço prestado, desculpa, há somente engodo”, declarou na época do julgamento.

Até o momento, votaram conforme a relatora: Maria Aparecida, José Zuquim, Helena Maria, Márcio Vidal e Clarice Claudino.

O desembargador Marcos Machado seguiu parcialmente o entendimento de Maria Erotides, para não aplicar a redução de pena ao parlamentar, que ela concedeu em seu voto.

O julgamento só não foi concluído por conta do pedido de vista compartilhada dos desembargadores Rui Ramos e João Ferreira.

Os magistrados Pedro Sakamoto, Dirceu dos Santos, Rondon Bassil, Serly Marcondes, Mário Kono, Juvenal Pereira, Maria Helena e o presidente do TJ Carlos Alberto Ferreira da Rocha aguardam o pronunciamento do voto vista.