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Administrativo Sexta-feira, 15 de Janeiro de 2021, 14:58 - A | A

15 de Janeiro de 2021, 14h:58 - A | A

Administrativo / BAÍA CHACORORÉ

Juizado Ambiental faz nova diligência para apurar crime ambiental

Ao contrário da abundância de água característica do Pantanal mato-grossense, a baía encontra-se completamente seca e funcionando como pasto para os animais

Da Redação



Uma equipe do Juizado Volante Ambiental de Cuiabá acompanhou nova diligência realizada na Baía de Chacororé, no município de Barão de Melgaço, para averiguar denúncia de degradação ambiental. Ao contrário da abundância de água característica do Pantanal mato-grossense, a baía encontra-se completamente seca e funcionando como pasto para os animais.

A diligência foi realizada nessa quinta-feira (14).

Essa foi a segunda ida à região nesta semana. A primeira foi na terça-feira (12), quando, no caminho para a baía, os integrantes do Juvam e policais do Batalhão de Proteção Ambiental da Polícia Militar Ambiental flagraram três pessoas cometendo crime ambiental na região de Estirão Comprido (leia matéria abaixo). Ontem, a visita foi feita a convite da Comissão de Meio Ambiente, Recursos Hídricos e Recursos Minerais da Assembleia Legislativa.

Segundo o assessor do Juvam, Sérgio Savioli Resende, o objetivo foi conhecer a área e ter noção do impacto ambiental na baía. Ontem, a comitiva conseguiu visualizar as barreiras construídas para conter o avanço do escoamento total das águas, onde foram construídas e a situação delas. A princípio, não foi possível identificar o motivo de a baía estar seca, se é devido a questões naturais, se foi resultado da intervenção humana e se foi crime ambiental. Hoje, conforme explicou o assessor, uma equipe da Secretaria Estadual do Meio Ambiente (Sema) estará no local para dar início a um estudo técnico sobre o motivo da seca e possíveis alternativas para que a água chegue ao local.

“A partir desse estudo, que vai ser feito pelos órgãos técnicos, poderemos saber o que poderá ser feito para resolver esse problema”, salientou.

Conforme Savioli, a diligência feita possibilitou ao Juvam verificar a situação atual da Baía de Chacororé, inclusive visualizar onde começa o canal que sai do rio Cuiabá e que alimenta a baía.

Diligência

No início da semana a presidente do Tribunal de Justiça de Mato Grosso, desembargadora Maria Helena Gargaglione Póvoas, e o juiz do Juvam de Cuiabá, Rodrigo Curvo, decidiram enviar uma equipe do Juizado e do núcleo da Polícia Militar Ambiental para averiguar a real situação da Baía de Chacororé. A ação foi desencadeada a partir de um artigo do professor aposentado da Universidade Federal de Mato Grosso (UFMT), Rubem Mauro Palma de Moura, no qual ele informa à população mato-grossense a consumação do que ele considera um dos maiores desastres ambientais ocorridos no bioma pantaneiro.

No artigo intitulado “Mataram a galinha dos ovos de ouro”, o professor aposentado descreve ações humanas que culminaram na morte da baía e, por consequência, da fauna ictiológica que nela habitava. (Com informações da Assessoria do TJMT)