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Penal Segunda-feira, 06 de Junho de 2022, 15:11 - A | A

06 de Junho de 2022, 15h:11 - A | A

Penal / OPERAÇÃO TRYPES

Polícia não conclui inquérito e juiz revoga cautelares de empresários por excesso de prazo

Os empresários Wilson e William Ribeiro são investigados por exploração de garimpo ilegal na região do município de Aripuanã, no interior de Mato Grosso

Lucielly Melo



O juiz Jeferson Schneider, da 5ª Vara Federal de Mato Grosso, revogou todas as medidas cautelares impostas aos empresários e irmãos, Wilson e William Ribeiro, e outros investigados por excesso de prazo nas investigações da Operação Trypes.

Os irmãos são investigados por exploração em garimpo ilegal no município de Aripuanã (a 976 km de Cuiabá). Eles chegaram a ser presos, mas após pedido da defesa, patrocinada pelo advogado Valber Melo, conseguiram liberdade, sob a condição de cumprir as cautelares de comparecimento periódico em juízo e a proibição de acesso à Fazenda Dardanelos e a outras frentes garimpeiras da região.

Mesmo após mais de dois anos da deflagração da operação, a autoridade policial ainda não concluiu o inquérito, o que levou o magistrado a suspender as cautelares impostas.

Schneider citou que “poucas diligências relevantes foram realizadas e o futuro das investigações ainda é incerto, impondo-se, portanto, a revogação das medidas cautelares restritivas de liberdade, diante da excepcional e injustificada demora na conclusão das investigações”.

“Oportunamente, ressalta-se que a revogação das medidas cautelares, especialmente a de proibição de acesso à Fazenda Dardanelos e a outras frentes garimpeiras, não configura salvo conduto para a prática de novos delitos relacionados à extração de minérios na região pelos investigados, e, da mesma forma, não exime a autoridade policial de realizar novas fiscalizações e medidas investigativas”, completou.

“Ante o exposto, diante do verificado excesso de prazo para a conclusão das investigações, revogo as medidas cautelares restritivas de liberdade decretadas pelas decisões”.

A decisão também beneficia Aguinaldo Westphal e Rafael Ramos Lemos, alvos da operação.